quarta-feira, 25 de abril de 2012

REJU: Caravana da Juventude Ecumênica

Participe da Caravana da Juventude Ecumênica (21/4/2012)
Daniel Souza



A Caravana da Juventude Ecumênica é realizada pela Rede Ecumênica da Juventude – e suas organizações parceiras – com o desejo de incidir politicamente na Cúpula dos Povos (Rio +20) e construir caminhos para um mundo realmente justo!  
A REJU busca fortalecer o potencial de lideranças comunitárias sobre a justiça socioambiental numa reflexão a partir das juventudes; participar efetivamente nos diálogos, na preparação e na incidência do movimento ecumênico brasileiro, organizado pelo FEACT Brasil, na Cúpula dos Povos (Rio +20); participar no Enlace das juventudesorganizado pelos movimentos sociais juvenis; e organizar uma articulação Internacional de juventude que amplie a presença e as experiências das juventudes ecumênicas na Cúpula dos povos. 

Dias:
 15 a 22 de junho
Local do acampamento: Centro Universitário Bennett, Rio de Janeiro.
Para realizar a inscrição clique aqui e preencha o formulário.
As inscrições são limitadas e tem como prazo 25 de maio.
Em breve será divulgada a programação e os outros encaminhamentos em relação à caravana e a hospedagem no Rio de Janeiro.


domingo, 22 de abril de 2012

CEBI-MS: Juventudes em ciranda e Bíblia



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Dançando a ciranda da vida, trinta e duas pessoas estão reunidas em Campo Grande/MS, buscando entender como as juventudes se relacionam com a Vida e com a Bíblia. 
O encontro é promovido pelo CEBI-MS, que deseja aprender a ver a vida com os olhares juvenis. À luz de textos bíblicos, o grupo conversa sobre as realidades juvenis em Mato Grosso do Sul e no Brasil.
Juventudes, ameaças e oportunidades
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A escravidão moderna em Mato Grosso do Sul (nas usinas de açúcar e álcool e nas fábricas), o tráfico de pessoas, o fundamentalismo e o conservadorismo religioso são temas destacados pelas pessoas participantes como grandes ameaças à vida juvenil. A situação das juventudes indígenas e migrantes paraguaias e nordestinas nas periferias urbanas é outra realidade preocupante no Estado.
A "descartabilidade" da pessoa jovem é outro fator da sociedade moderna que afeta a juventude, enxergada como um produto, no corpo, na sexualidade, ou como mão de obra barata. A escassez ou ineficiência de políticas públicas para a juventude são expressão do estereótipo do "jovem como futuro", mas quase nunca como presente na sociedade. O discurso adultocêntrico de que o jovem "escolhe o caminho mais fácil", como se prostituição e drogas fossem caminho fácil, também é questionado.
O grupo se debruça em busca de alternativas, a serem encontradas pela própria capacidade criativa juvenil. Enfrentar todas as formas de violência, incluindo a violência da ausência do direito de escolha num momento da vida em que a pessoa é forçada a escolher. Lidos na perspectiva juvenil, diversos textos bíblicos iluminam os debates: Mt 15,21-28 (a Mulher Cananéia); Lc 15,11-32 (o irmão mais velho que não aceita o mais novo); Ef 6,1-4 (conselhos para relação entre pais/mães e filhos/as); At 20,1-12 (o jovem que cochila escutando o discurso de Paulo).
O grupo se compõe especialmente de jovens, provenientes de diversas cidades de Mato Grosso do Sul. Há também participantes de Rondônia, Goiás e do Distrito Federal. O encontro é assessorado por Vanildes Gonçalves, de Brasília.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

CURSO GAÚCHO DE BÍBLIA E JUVENTUDES


Visando proporcionar um espaço para que as/os jovens discutam suas próprias realidades, à luz das Escrituras, o CEBI-RS e a ONG Trilha Cidadã se uniram para proporcionar um curso de Bíblia e Juventudes. O objetivo é fortalecer a experiência ecumênica juvenil do Rio Grande do Sul, direcionando-a para o cuidado com a vida e a luta contra o sistema de morte que ceifa intencionalmente tantas e tantos jovens. A formação é aberta a todas as interessadas e interessados no assunto.

Queremos ver mais de perto a história de resistência do povo bíblico. Isso com certeza animará nossa caminhada. Entendemos que o tempo é propício, uma vez que a juventude estará em pauta nas duas maiores denominações cristãs do Brasil: a IECLB (2012) e a ICAR (2013). Buscamos contrapor os eventos de massa que estão sendo preparados para celebrar este momento com uma proposta que valorize o protagonismo juvenil.

Programado para ter 8 etapas em 2 anos, o curso já conta com a realização do primeiro encontro, onde estudamos o processo do Êxodo à formação das Tribos de Israel. Nos dias 24 e 25 de março, com a assessoria de José Luiz Possato Jr. e Jorge Luís Peil, identificamos que, assim como a organização tribal foi uma alternativa ao império egípcio e ao controle das cidades-Estado, as tribos juvenis de hoje, organizadas em pequenos grupos, não mais restritos a um pequeno espaço territorial, mas conectados em rede, podem ser a alternativa contra a opressão adultocêntrica.

Entendemos como defensora do adultocentrismo a mesma elite que se beneficia do patriarcalismo e do sistema capitalista neoliberal. Portanto, nossa luta deve se unir à das mulheres e das pessoas camponesas, operárias, negras e empobrecidas em geral. Mas o movimento de resistência não é fácil, pois nosso primeiro adversário é a alienação. Através principalmente dos grandes meios de comunicação de massa, difundiu-se entre as oprimidas e oprimidos o mesmo desejo egoísta de acúmulo e consumismo dos ricos. Logo, o sonho de vida digna é ter as vantagens das classes mais abastadas. O sonho do menino que mora na favela não pode ser outro senão conquistar independência financeira para “sair do morro”. Por isso, o processo de libertação faz com que muita gente chore pelas “cebolas do Egito” (Nm 11,5).

Acreditamos, portanto, que a libertação passa também pela mudança de uma cultura. Mas isso, com certeza, não é fácil, nem se dá apenas por nossa vontade. Assim como o povo, no deserto, aprendeu a partilhar na marra (cf. Ex 16, onde o maná acumulado apodrecia), entendemos ser necessário todo um processo pedagógico. E aí entra nossa missão como discípulas e discípulos de Cristo, não chamados a ser a grande massa, mas o fermento que, em pequena quantidade, altera sua composição e até mesmo o seu sabor.

A exemplo do que estamos falando, toda essa reflexão, rica por sinal, foi produzida por um pequeno público: 6 jovens da ICAR. Ainda assim, esperamos um público maior e mais diversificado para os próximos encontros. Os luteranos já garantiram que estarão presentes à segunda etapa. Também da PJ da ICAR deverão vir mais pessoas. Afinal, um público de pequena abrangência territorial pode produzir muitas mudanças locais, mas pequenos grupos, espalhados territorialmente, porém conectados em rede, podem mudar, inclusive, toda uma nação.

O ponto de encontro é o CEPA (Centro de Espiritualidade Pe. Arturo Paoli), em São Leopoldo/RS. O investimento é de R$ 15,00 por etapa. As inscrições podem ser feitas pelo blog do CEBI-RS: clique aqui.

As próximas etapas serão em:
26 e 27 de maio – Monarquia x Profetismo;
22 e 23 de setembro – Exílio e Pós-Exílio;
10 e 11 de novembro – Dominações persa e grega.

Quem tiver interesse, sinta-se convidada, convidado!