sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Livro escrito por Juventudes é lançado em encontro nacional


Foi oficialmente lançado na noite de ontem, 16 de agosto, durante o encontro nacional de FE-Brasil o livro "O espírito sopra onde quer...". O livro reúne a contribuição de jovens de espiritualidade metodista, luterana, anglicana, batista ou cristã de maneira geral, ligados à REJU. Relendo textos polêmicos e profundos, como a conversa de Jesus com Nicodemos, as histórias de Rute, da mulher siro-fenícia e de Agar e o debate entre a Samaritana e Jesus, o livro mostra a possibilidade da convivência ecumênica. O material é importante subsídio na Campanha contra a intolerância religiosa.
Thaiana Assis, jovem metodista e uma das autoras do livro, falou de seu aprendizado no processo de elaboração do texto. Thaiana escreveu sobre o diálogo entre a Samaritana e Jesus: "o estudo do texto bíblico e a elaboração do texto foi um processo coletivo, do qual todas as pessoas que estavam ao meu redor foram envolvidas. Foi diálogo de verdade."
Edmilson Schinelo, representante do CEBI, lembrou que a produção do livro foi uma dupla contribuição ao Centro de Estudos Bíblicos: "O CEBI tem dois limites em sua atuação em diversas partes do país: nem sempre consegue uma atuação efetivamente ecumênica e tem pouco material feito pela juventude. O livro é um contributo nos dois sentidos".


O livro pode ser adquirido tanto junto ao CEBI (vendas@cebi.org.br), quanto junto à REJU.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Culto à Deusa Asherá na Bíblia: a jovem Ana Luisa Cordeiro fala de seu livro

"Algumas funções femininas são quase sempre canalizadas como atributos de um Deus caracteristicamente masculino. Acredito pessoalmente que a experiência com a Deusa possibilita falar do universo sagrado a partir do universo feminino sem necessitar da intermediação masculina. Isso ajudará a reforçar o caminho da igualdade. As relações de gênero precisam estar alicerçadas na parceria e no respeito."


Negra na tez e na opção, rosto jovem, sorriso sempre aberto. Ana Luisa Cordeiro (foto), acaba de lançar o fruto de sua pesquisa: Onde estão as deusas? Asherá, a Deusa proibida, nas linhas e entrelinhas. Aos 27 anos, Ana Luisa é Mestra em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás - PUC-GO. Atualmente, reside em Campo Grande/MS.


Leia a entrevista que concedeu ao CEBI:

CEBI - De onde vem o seu interesse pela pesquisa bíblica? Não é algo tão comum no meio da juventude.

Ana Luisa Cordeiro - Desde minha adolescência, sempre gostei de ler livros de história, sociologia, etc. Minha mãe é professora e tinha uma biblioteca acessível dentro de casa. Quando tive contato com o jeito de ler a Bíblia que o CEBI propõe, me encontrei e me encantei com este jeito pé no chão de falar e viver a religião.

CEBI - Por que a sua escolha em pesquisar sobre divindades femininas na Bíblia?

Ana Luisa Cordeiro - Bom, participei em 2003, no Rio Grande do Sul, de uma semana de estudo bíblico intitulada "A Bíblia na ótica do pobre e da mulher". O assessor, Ildo Bohn Gass, passou um documentário da Discovery: Asherah, The Forbidden Goddess (Asherah, a deusa proibida), que falava de Asherah, uma divindade feminina que aparecia em mais de quarenta citações bíblicas. E mais, que era uma divindade feminina nativa, ela não havia sido trazida de fora, da cultura de outros povos. Naquele dia, não consegui nem dormir direito, imaginando e pensando: por que essa história não é contada?

CEBI - Das descobertas que fez na pesquisa, qual sua maior surpresa?

Ana Luisa Cordeiro - Que a cultura é uma construção social e, como todo ato social tende a contar os fatos a partir do grupo que o faz e o registra, não existe neutralidade ao se contar uma história. E não foi diferente em relação à presença das divindades femininas.

CEBI - O que significa para você, enquanto jovem e negra, descobrir que na história de Israel, o culto a divindades femininas foi maior do que normalmente se imagina?


Ana Luisa Cordeiro - A questão é que muitos e muitas de nós vivemos e viveremos sem sequer imaginar, questionar ou supor tal realidade. Porque não só a história escrita, mas também a transmissão dessa história no decorrer dos anos abafaram a presença e memória das deusas no antigo Israel. Colocar parte dessa memória por escrito neste livro que agora vocês têm em mãos, expressa o desejo de levar as pessoas a descobrirem parte de uma história que foi negativizada e abafada. Aqui travo uma luta, uma reivindicação feminista e de gênero no campo simbólico da religião.

CEBI - Pela sua experiência em assessoria junto a comunidades cristãs, como tem sido a reação das pessoas quando você trata dessa temática?

Ana Luisa Cordeiro - Interessante. Até agora não houve nenhuma oposição radical de enfrentamento face a face. Mas nas vias online sim, principalmente de vertentes religiosas mais fundamentalistas. Geralmente os grupos de estudos bíblicos com os quais tenho contato se mostram interessados, instigados a buscar mais, a ampliar os horizontes, e isso é muito legal.

CEBI - O que significa essa experiência com a Deusa para a auto-estima da mulher?

Ana Luisa Cordeiro - Bom, nessa questão tão subjetiva posso dizer que para mim a experiência com a Deusa revela essa dimensão feminina das relações com o sagrado. É a oportunidade de falar de mulher para Mulher. Desde criança somos educadas e educados a rezar/orar para o Pai, Deus, Senhor, Rei, Poderoso, etc... e não para a Mãe, Deusa, Senhora, Rainha, Poderosa, etc. também... Algumas funções femininas são quase sempre canalizadas como atributos de um Deus caracteristicamente masculino. Acredito pessoalmente que a experiência com a Deusa possibilita falar do universo sagrado a partir do universo feminino sem necessitar da intermediação masculina. Isso ajudará a reforçar o caminho da igualdade. As relações de gênero precisam estar alicerçadas na parceria e no respeito.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Casa da Juventude realiza Conferência Livre de Juventude


No processo de realização da Conferência Nacional da Juventude, acontece na Casa da Juventude Padre Burnier, no dia 14 de Agosto, das 8h às 11h, uma Conferencia Livre de Juventude, que será realizada durante as Oficinas de Juventude e Cidadania e Juventude e Economia Solidária, que acontecem na CAJU, neste fim de semana.

As Conferências Livres são instrumentos de participação que ampliam a construção de espaços de discussão e debate onde os diversos setores da sociedade brasileira podem contribuir para o fortalecimento da Política Nacional de Juventude. Elas são uma ferramenta diversificada que possibilita a ampliação da participação política trazendo para a discussão pessoas que não participam dos espaços formais de debate.

Mobilize seu grupo para participar desse espaço de proposição para a 2ª Conferência Nacional de Políticas Públicas de Juventude. Os interessados em participar devem mandar um e-mail, confirmando a participação: cidadania@casadajuventude.org.br .

João Paulo Pucinelli

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

CMI prepara formação em eco-justiça para jovens cristãos


O Conselho Mundial de Igrejas (CMI) está preparando um encontro para jovens de comunidades cristãs que tenham entre 18 e 30 anos de idade. O objetivo desse evento é a apresentação das candidaturas para um programa de treinamento, organizado conjuntamente pelo CMI e a Federação Luterana Mundial (FLM).
O programa abordará as relações entre a justiça socioeconômica e ambiental no contexto das negociações das Nações Unidas sobre mudança climática que terá lugar no final de 2011. A data limite para envio dos formulários é 15 de agosto de 2011.
Mais informações podem ser obtidas na página: www.oikoumene.org/es/activities/la-reda/ewn-news-and-events-containers/english-news-container/single-news/article/8500/formacion-en-eco-justici.html